1. Clonagem do cartão de crédito ou troca do cartão
São os golpes mais citados, por 48% dos entrevistados. No primeiro caso, o golpista faz uma cópia do cartão usado pela vítima em um caixa eletrônico ou em uma maquinha de pagamento, ou então a partir dos dados inseridos em sites de e-commerce; assim, ele consegue ter acesso à senha ou alterá-la, o que lhe permite a realização de diversas compras. No segundo caso, em uma venda presencial, ou ao auxiliar a vítima no uso do caixa eletrônico, por exemplo, o golpista pega o cartão e, na hora da devolução, faz a troca muito rápida por outro, falsificado. Nas duas situações, quando o consumidor se dá conta do que aconteceu, o prejuízo já é grande.
Dica: na hora das compras presenciais, é preciso ficar atento e conferir se o cartão que lhe é devolvido é o mesmo que você entregou, além de ler se é mesmo o seu nome que está impresso. Se for possível, passe você mesmo o cartão na maquininha, em vez de entregá-lo a outra pessoa. Nos caixas eletrônicos, não aceite ajuda de desconhecidos; procure funcionários. Nas compras online, dê preferência ao uso do Pix ou dos cartões virtuais, que só podem ser usados uma vez.
2. Golpe do falso empréstimo
Organizações criminosas se passam por falsas instituições financeiras e oferecem empréstimos com ótimas condições para o consumidor, inclusive para quem está negativado. Depois que o interessado preenche o cadastro em um site falso, os bandidos entram em contato e pedem que ele assine um contrato, mas, sem que o usuário perceba, inserem cláusulas que preveem multas caso haja desistência. Para que o falso empréstimo seja liberado, os bandidos impõem o pagamento de taxas e impostos.
Dica: segundo a Febraban, não existe nenhum tipo de empréstimo em que a pessoa tem de fazer pagamento antecipado, nem mesmo de impostos, taxa de cadastro ou adiantamentos de parcelas. Esse esse tipo de abordagem é fraudulenta. Nas operações regulares de crédito, o cliente recebe o dinheiro e não precisa pagar nada na hora em que contrata o empréstimo.
É importante desconfiar de sites e propagandas de empresas que oferecem crédito com condições vantajosas demais. Sempre pesquise antes de fechar o contrato e verifique se a instituição tem autorização do Banco Central para oferecer empréstimos.
3. Golpe do Pix
O tipo de fraude mais comum que envolve o Pix 'pega' a vítima na hora em que ela vai cadastrar a chave: ela recebe do golpista uma mensagem ou email com um link para a página onde deve fazer esse cadastro. Quando acessa, são solicitados dados como nome, CPF, conta bancária e outros, mas se trata de um site falso, criado por golpistas, que, com essas informações, conseguem usar o dinheiro da conta de forma indevida.
Dica: antes de inserir qualquer informação bancária ou pessoal em um site aberto a partir de um link, sempre se certifique de que você está realmente na página verdadeira do seu banco.
4. Golpe da falsa central de atendimento
O fraudador se passa por funcionário do banco ou de outra empresa e entra em contato com a vítima, dizendo que a conta dela foi invadida, clonada ou teve algum outro problema. A partir daí, para solucionar o problema, solicita os dados pessoais e financeiros dela. Depois, pede que ela ligue para a central do banco, no número que aparece atrás do cartão, mas continua na linha para simular o atendimento da central e pede os dados da conta, dos cartões e, principalmente, a senha.
Dica: se receber esse tipo de contato, desconfie na hora. Desligue o telefone e entre em contato com a instituição pelos canais oficiais, de preferência usando o celular ou aplicativos móveis, para confirmar se algo realmente aconteceu com sua conta. Lembre-se de que nenhum banco liga para o cliente para pedir a senha ou o número do cartão, nem para pedir que realize uma transferência ou qualquer tipo de pagamento.
5. Golpe do falso motoboy
Nesse caso, alguém também se passa por funcionário do banco, telefona para o cliente e diz que o cartão dele foi fraudado. Para a segurança da vítima, o falso funcionário pede a ela que informe sua senha e, depois, corte seu cartão sem danificar o chip. Em seguida, diz que enviará um motoboy para retirar o cartão na casa do cliente. Logo, outro golpista aparece no endereço da vítima para buscá-lo. Mesmo cortado, o cartão com o chip intacto funciona normalmente, e os fraudadores podem utilizá-lo para fazer transações e roubar o dinheiro da vítima.
Dica: não acredite nesse tipo de ligação, pois os bancos nunca pedem o cartão de volta nem mandam portadores até sua casa para buscar cartões que devem ser inutilizados. Se você receber esse tipo de ligação ou visita, não entregue nada a ninguém e ligue imediatamente para o seu banco, de preferência de um celular, para saber se existe algum problema com a sua conta.
6. Geração de boleto modificado
Existem alguns programas disponíveis online que foram criados para alterar códigos de barras de documentos, como boletos bancários, alerta o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor). Por isso, o consumidor tem de redobrar a atenção ao receber um boleto por mensagem ou email ou ao baixá-lo pela internet.
Dica: documentos falsificados costumam ser malfeitos. Faça uma leitura apurada do boleto bancário, verificando se existem erros de português e padrões de formatação suspeitos. Falhas no código de barras também podem indicar fraude. Em casos de contas essenciais, pagas com certa regularidade, a identificação de um boleto fraudulento pode ser feita com a simples comparação do documento atual com os anteriores.
Segundo o Idec, há, ainda, vírus que modificam a estrutura dos boletos no momento da impressão. Por isso, o ideal é sempre solicitar o envio do arquivo em PDF, formato mais difícil de ser adulterado.
7. Golpe do 0800 ou SMS
Os enganadores enviam um SMS à vítima em que dizem ter havido uma transação bancária de alto valor no cartão de crédito dela. Junto com a mensagem, vem um link que a pessoa deve acessar; ao clicar nele, é aberto no celular um aplicativo de chamadas, com um número 0800 na tela. Quando a vítima liga para esse número, do outro lado da linha uma falsa atendente informa que é representante do banco e pega os dados do cartão, que serão usados pelos golpistas.
Dica: como em outros golpes, duvide de mensagem suspeitas, evite clicar em links de origem desconhecida e lembre-se de que os bancos não solicitam essas informações por telefone. Desligue o telefone e entre em contato com o seu banco por um dos canais oficiais.