Com o processo de renovação e ampliação da frota de ônibus coletivo, Porto Velho passa a ter a mais moderna e nova frota do país, oferecendo serviço de qualidade e conforto aos cerca de 60 mil usuários, que utilizam o transporte público, diariamente, segundo a Secretaria Municipal de Trânsito, Mobilidade e Transporte (Semtran).
O sistema que antes colapsou e deixou até de operar, volta a ser importante para milhares de pessoas que se dirigem ao trabalho, à escola, ao passeio, ao comércio e serviços, e com um serviço mais eficiente e com dignidade aos usuários.
"Porto Velho sob ao patamar de capital com a frota mais nova e moderna do país, com 120 veículos. É um avanço enorme e que consolida um serviço de qualidade ao usuário", destacou o secretário da Semtran.
Os ônibus possuem sistema de iluminação em LED, ar-condicionado e janelas com vidros total colados na cor fumê, que proporcionam maior conforto térmico no interior dos veículos. Estofadas, as poltronas dos passageiros possuem unidades reservadas para pessoas com deficiência (PcD), mobilidade reduzida e idosos. Em todo o salão interno há pontos de tomadas USB para recarga de dispositivos móveis. Para completar a acessibilidade, os veículos contam com elevador e área exclusiva para cadeirantes ou pessoas com deficiência visual, acompanhadas por cão-guia.
INCLUSÃO
A Prefeitura de Porto Velho vai passar a oferecer um serviço de inclusão social, totalmente gratuito, para pessoas carentes, que tenham mobilidade reduzida em seu grau mais severo, facilitando o acesso ao transporte público a usuários cadeirantes, e/ou com outras deficiências que dificultam o uso do transporte regular.
São dois micro-ônibus para atender pacientes que têm dificuldade de locomoção e precisam realizar atendimentos de saúde na nossa capital. Esses ônibus farão o circuito hospitalar, passando por toda a cidade e com isso transportando com dignidade e com respeito os nossos pacientes, que não poderiam ter acesso ao ônibus comum.
SUBSÍDIO
O transporte coletivo em Porto Velho está sendo subsidiado pela Prefeitura da capital, desde abril de 2021. Sem esse aporte, o consórcio responsável não teria como manter o serviço, em razão dos custos e da necessidade de proteção aos mais vulneráveis, que representam a maior fatia dos usuários. No Brasil, 24 das 27 capitais aplicam algum tipo de subsídio no transporte urbano.
Quando iniciaram as atividades, a média de passageiros ao dia era de 4.500 a 5.000. Hoje, esse número cresceu chegando a cerca de 60 mil ao dia. Ocorre que 33% desse volume de passageiros transportados ao dia são as gratuidades, assegurada aos idosos, pessoas com deficiência e acompanhantes de pessoas com deficiência. Ou seja, um em cada três passageiros não pagam.
Os estudantes pagam R$ 2,25, a metade da tarifa social, e representam 28% dos usuários. Já 32% usam os cartões nas modalidades Cidadão e Vale-transporte, na tarifa social de R$ 4,50. Apenas 7% dos usuários do transporte pagam a tarifa cheia de R$ 6, em espécie.
De acordo com estudos da Semtran, se não houvesse o subsídio para assegurar os valores atuais, o preço da passagem poderia chegar a R$ 10. Nas férias escolares, com a demanda reduzindo ainda mais, esse valor teria que ser ainda maior, para compensar os custos operacionais.
Com o subsídio, a Prefeitura garante não apenas o funcionamento do serviço, mas o acesso às gratuidades e de quem precisa acessar o benefício da meia tarifa, como os estudantes, além da tarifa social. A maioria dos usuários do sistema de transporte é de baixa renda, não podendo arcar com valores elevados na passagem, daí a necessidade de o município assegurar o acesso a esse fundamental benefício.