Nos últimos trĂȘs dias, trĂȘs ocorrĂȘncias foram registradas na Polícia Civil de Vilhena contra um caminhoneiro de 34 anos, acusado de espancar a esposa, uma mulher de 28 anos, e os dois filhos dela, de 04 e 07 anos. Por causa das queixas, a empresa o demitiu e exigiu que ele entregasse o caminhão no qual trabalhava.
O primeiro B.O, feito na quarta-feira, 24, dava conta de que o motorista tinha tentado impedir a esposa de sair de casa e quebrado algumas coisas dentro da residĂȘncia. Com a chegada dos pais da mulher, que jĂĄ havia sido atacada com um soco na testa, o agressor se armou com um facão. Como estava muito bĂȘbado, jĂĄ que havia começado a se embriagar no dia anterior, a própria esposa conseguiu tomar a arma.
Mesmo na situação em que estava, o acusado conseguiu fugir pulando muros próximos quando uma guarnição da Polícia Militar chegou ao local dos fatos para registar a ocorrĂȘncia de violĂȘncia doméstica.
No dia seguinte (ontem, quinta-feira, 25), os dois enteados do caminhoneiro foram ouvidos na Polícia Civil, junto com a mãe, que disse estar casada com ele hĂĄ um ano, período no qual foi agredida vĂĄrias vezes. Também contou ter pedido medida protetiva contra o agressor hĂĄ menos de 30 dias, mas acabou retirando o pedido, ficando sem a garantia que o impedia de se aproximar dela.
A denunciante relatou que, ontem, após levĂĄ-la cedo para o trabalho, o acusado a trouxe de volta, mas não entrou em casa, no bairro Bela Vista, indo para a rua logo em seguida. Ao ver que os filhos estavam "estranhos", a mulher conversou com os dois, que fizeram denúncias graves (incluindo tortura) contra o padrasto.
De acordo com o menino de 07 anos, o irmão de apenas 04 foi espancado pelo padrasto durante a tarde. Os dois irmãos disseram ainda que o caminhoneiro, usando uma toalha o enforcou, deu porradas nos braços, pernas e pescoço da criança, o que ficou constatado através das lesões existentes no corpo do garoto. Nesta data, a mãe refez o pedido de medida protetiva. Durante o registro do B.O, o acusado chegou a ligar para a mãe das crianças, pedindo para que ele não formalizasse a queixa.
A última ocorrĂȘncia foi feita hoje por um soldador de 42 anos, ex-marido da mulher agredida e pai de um dos meninos atacados pelo caminhoneiro. O garoto disse que, além de sofrer agressões físicas e psicológicas, teria ouvido o padrasto perguntar se queria vĂȘ-lo morto ou se desejava ver o próprio pai sem vida.
Assustada a criança, que contou ter visto o irmão caçula ser estrangulado, pediu para que o pai o resgatasse da casa, pois temia ser assassinado pelo padrasto, que segue foragido.