A situação crítica do Rio Madeira continua a agravar-se, levantando preocupações significativas sobre a geração de energia na região. De acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA), se a seca persistir, a Hidrelétrica de Santo Antônio poderá ser forçada a desligar suas turbinas, interrompendo a produção de energia até que o nível do rio suba novamente. Esta perspectiva alarmante coloca em risco a estabilidade energética de Rondônia e de diversas regiões do país.
A seca histórica que atinge o Rio Madeira é uma das piores registradas nas últimas décadas. A previsão de chuvas para a região é desanimadora, com expectativas de normalização apenas a partir de meados de novembro. Isso significa que a situação de baixa no rio pode se estender por mais de 90 dias, comprometendo a operação de uma das principais hidrelétricas do país. A Hidrelétrica de Jirau, por enquanto, não enfrenta o mesmo risco imediato, mas a continuidade da seca pode alterar este cenário.
As hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau são responsáveis por cerca de 7 a 8% de toda a energia hidrelétrica gerada no Brasil. A paralisação de uma delas devido à crise hídrica pode ter impactos severos no abastecimento de energia em várias regiões do país. No ano passado, a ANA já havia declarado uma situação crítica no Rio Madeira no mesmo período, que durou até o final de novembro, comprometendo a geração de energia nas hidrelétricas. A continuidade desta situação ressalta a urgência de medidas para mitigar os efeitos da seca e garantir a segurança energética da nação.