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Preço das carnes sobe 5,81% em outubro, maior variação desde 2020

O destaque na alta dos preços das carnes vai para os seguintes cortes: acém (9,09%), costela (7,40%), contrafilé (6,07%) e alcatra (5,79%)

Por Felipe Martins em 11/11/2024 às 18:05:17

Os preços das carnes avançaram 5,81% em outubro, em relação a setembro, de acordo com dados sobre a inflação do país divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (8/11).

Esta foi a maior variação mensal das carnes desde novembro de 2020, quando a variação foi de 6,54%.

A alta dos preços das carnes registrou o maior impacto no grupo de Alimentação e bebidas, que teve aumento de 1,06% no mês passado, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país.

Em outubro, houve impacto de 0,14 ponto percentual no índice geral.

O destaque vai para os seguintes cortes:

acém (9,09%);

costela (7,40%);

contrafilé (6,07%); e

alcatra (5,79%).

"O aumento de preço das carnes pode ser explicado por menor oferta desses produtos, por conta do clima seco e menor quantidade de animais abatidos, e um elevado volume de exportações", explica André Almeira, diretor da pesquisa.

Também registraram preços mais elevados em outubro: tomate (9,82%) e café moído (4,01%). Enquanto manga (-17,97%), mamão (-17,83%) e cebola (-16,04%) tiveram queda nos preços.

Inflação em 12 meses estoura a meta

O IPCA mostra que os preços subiram 0,56% em outubro de 2024, o que representa alta de 0,12 ponto percentual (p.p.) em comparação a setembro (0,44%). Com isso, o Brasil tem inflação acumulada de 4,76% nos últimos 12 meses - 0,26 ponto percentual acima do teto da meta. No ano, o índice acumulado é de 3,88%.

A meta deste ano é de 3%, com variação de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, sendo 1,5% (piso) e 4,5% (teto), como estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Nas últimas semanas, economistas passaram a projetar que a inflação vai estourar o teto da meta, que é de 4,5%. Segundo dados do relatório Focus mais recente, a expectativa é de que o índice fique em 4,59% até o fim de 2024.

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