Em um sábado vibrante, dia 10 de fevereiro, a cidade de Porto Velho testemunhou mais um capítulo histórico de sua festa mais emblemática. Sob o comando de Siça Andrade, a Banda do Vai Quem Quer, o maior bloco de carnaval da Região Norte, desencadeou uma onda de alegria, irreverencia, música e dança, arrastando uma multidão em um espetáculo de cores e ritmos que tomou conta da Avenida Carlos Gomes.
Este ano, ao cair da tarde às 17h, a tradição se fez presente mais uma vez. A concentração na Avenida Carlos Gomes não foi apenas o ponto de partida físico para o desfile, mas também um momento de união, onde a diversidade e a inclusão se manifestaram em sua forma mais pura. Piratas, rainhas, bruxas e figuras mascaradas se misturavam em uma celebração que reitera a máxima do bloco: "entra quem quiser".
O impacto da Banda do Vai Quem Quer vai além do carnaval. Ela movimenta a economia local, enriquece o turismo e tece a trama social de Porto Velho, criando um senso de comunidade e pertencimento. A primeira camiseta do bloco, hoje uma relíquia no Museu Manelão, simboliza a paixão e a dedicação de seus seguidores, enquanto a sede da Banda, que abriga o museu, conta as histórias de quatro décadas de folia.
Celebrar 44 anos não é pouca coisa. É reafirmar a capacidade de reinvenção e a permanência de um espírito que não envelhece, mas se renova a cada carnaval. Manelão pode ter passado o bastão, mas o legado e o "General da Banda" vivem em cada marchinha, em cada sorriso e em cada passo de dança na Avenida Carlos Gomes. A Banda do Vai Quem Quer, com sua energia contagiante e inclusiva, é mais do que um bloco; é a alma do carnaval de Rondônia, uma celebração da vida, da diversidade e da alegria coletiva.
Neste ano, a Banda do Vai Quem Quer não apenas marcou mais um ato histórico; ela reiterou seu papel como guardiã da alegria, do pertencimento e da cultura popular em Rondônia. E na tarde de sábado de carnaval, à medida que a multidão dançava e brincava, Porto Velho inteira pulsava no ritmo do coração da Amazônia, provando mais uma vez que o carnaval é, de fato, a festa da alma brasileira.