Em Rondônia, apenas 13,6% dos lares possuem acesso a sistemas de esgotamento sanitário conectados à rede geral, pluvial ou fossa séptica integrada. O estado ocupa a segunda posição no país com o menor índice de coleta de esgoto, conforme revelado pelo Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os números indicam que cerca de 1,3 milhão de habitantes em Rondônia ainda carecem de acesso ao saneamento básico, o que equivale a 86% das residências, deixando apenas 209 mil pessoas com esse serviço disponível.
De acordo com o IBGE, o saneamento básico compreende "o conjunto de obras e instalações destinadas à coleta, transporte, afastamento, tratamento e disposição adequada dos resíduos líquidos da comunidade".
Dentre os 52 municípios de Rondônia, 21 apresentam menos de 1% de cobertura de esgotamento conectado à rede principal.
No ranking das cidades com os melhores índices de domicílios conectados à rede de esgoto, Cacoal lidera com 67,2%, seguida por Cerejeiras com 58%, Alvorada do Oeste com 42,5%, e Cacaulândia com 33%. Porto Velho aparece com 23% de domicílios atendidos pelo serviço.
Os dados do Censo 2022 também apontam que Rondônia possui a maior proporção de residências que utilizam fossas rudimentares ou buracos como forma de saneamento, com 326 mil lares, abrigando quase 926 mil pessoas, o que representa 58,9% da população total do estado.
Em diversos municípios de Rondônia, praticamente toda a população recorre a fossas rudimentares para o esgoto, como Governador Jorge Teixeira (99%), Monte Negro (97,9%), Primavera de Rondônia (96,9%), Corumbiara (96,2%), Santa Luzia do Oeste (95,9%), Rio Crespo (95,4%), Teixeirópolis (94,9%), Castanheiras (94,9%), Vale do Anari (94,2%), Urupá (93,1%), Vale do Paraíso (92,9%), Cujubim (91,5%), Parecis (91,2%), Machadinho D'Oeste (90%), São Felipe D'Oeste (90%), e São Francisco do Guaporé (90%).